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Demon Slayer promete gerar lucros imensuráveis ao Japão

Anime sobre matador de demônios empolga estúdios e o departamento de turismo japonês

Demon Slayer faz sucesso no Japão e no mundo
Demon Slayer: fenômeno da animação japonesa

Você já ouviu falar de Kimetsu no Yaiba (鬼滅の刃) ou Demon Slayer? Essa animação seriada, que estreou recentemente na Netflix, é atualmente a maior febre do Japão. Seu primeiro filme derivado, que estreou em plena pandemia da Covid-19 no país, arrecadou mais de US$ 300 milhões nas bilheterias, tornando-se o maior sucesso da história dos cinemas japoneses.

Mas o que isso tem a ver com esse site sobre viajar? Pois bem, o fenômeno é tanto, que a Sony, atual detentora dos direitos do anime, junto com outros estúdios e até o governo japonês, estima que a série de época – que conta a história de um jovem caçador de demônios – vai ser a precursora de um movimento mundial que pretende popularizar (mais) os desenhos japoneses, fazendo essa indústria arrecadar US$ 36 bilhões anualmente antes de 2026 (ante os US$ 24 bilhões que arrecada agora). E a cereja deste bolo é, claro, o turismo.

Demon Slayer conta a história de um caçador de demônios
Demon Slayer: a história do caçador de demônios já é um dos animes mais vistos da Netflix do Brasil

Demon Slayer, que vem fazendo sucesso em outros países, como os Estados Unidos, tem promovido o que chamam de “turismo do entretenimento”. Isso quer dizer que o anime tem atraído ao Japão pessoas que estão em busca de merchandising oficial e também de conhecer locações “reais”. Esse “fenômeno” já aconteceu com outras animações como Your Name (Netflix) e Gundam (Crunchyroll), para mencionar poucos.

Comprar brinquedinhos e até produtos oficiais, como lamen, sobremesas e itens de moda inspirados em animes (veja fotos abaixo) já faz parte da cultura dos japoneses, mas o potencial para a atração turística é tanto que alguns gigantes do streaming como Disney+, HBO Max, Netflix e Amazon estão agora fazendo acordos com estúdios japoneses gigantes, como a própria Sony e a Toei, justamente para provar um pouco dessa fatia milionária.

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Para isso, diversas marcas produtoras de souvenirs, brinquedos e alimentos estão recebendo altos investimentos, a fim de aumentar a produção relacionada aos animes, sem contar outros tipos de licenciamento, como os parques de diversão, outra obsessão japonesa. O Studio Ghibli, por exemplo, criador de sucessos como A Viagem de Chihiro e Princesa Mononoke, ganhará um parque temático em 2022. Já a Universal Studios, em Osaka, vive dedicando algumas áreas e atrações a animes, como aconteceu com Attack on Titan e Sailor Moon – e, consequentemente, atraindo milhares e milhares de turistas. Outros “desenhos” ganharam recentemente exposições e atrações temporárias, caso de One Piece, Naruto e Dragon Ball no J-World, que infelizmente fechou durante a pandemia.

Enfim, para quem planeja visitar o Japão e gosta de mangás, não deixe de descobrir quais são as novidades da área, que só tendem a aumentar nos próximos anos. E se você é desses que ama um produtinho licenciado, separamos no nosso Instagram alguns souvenirs de Kimetsu no Yaiba encontrados facilmente nas lojas japonesas em cliques da nossa colaboradora @suikami, além de outros que acabaram de ser lançados no mercado por lá.

Demon Slayer anima estúdios e o governo do Japão
Demon Slayer: Japão pretende expandir merchandising e atrações turísticas relacionadas aos animes

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